Governo Federal mantém em sigilo informações sobre gastos de Janja em viagem a Nova York
- Agência Nantes
- 23 de set. de 2024
- 2 min de leitura
O governo federal tem mantido em sigilo informações sobre a viagem da primeira-dama Janja da Silva a Nova York, realizada em março de 2024 para participar da 68ª sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher na ONU. Questionamentos feitos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo jornal Folha de S. Paulo têm recebido respostas incompletas e contraditórias, levando a uma série de recursos negados por diferentes órgãos governamentais.
Viagem e os Custos Não Esclarecidos
A primeira-dama participou do evento como parte da comitiva brasileira, representando o Ministério das Mulheres. No entanto, informações detalhadas sobre os custos da viagem, como hospedagem e alimentação, continuam sem resposta conclusiva. Inicialmente, a assessoria de Janja afirmou que ela havia se hospedado em uma residência de terceiros, mas depois mudou a versão, alegando que a estadia ocorreu em uma residência oficial brasileira.
Apesar de o Portal da Transparência registrar o custo das passagens aéreas em R$ 43,4 mil, outros gastos, como hospedagem e alimentação, permanecem sem esclarecimento. A equipe de Janja e o governo federal mantêm a alegação de que não houve despesas adicionais com hospedagem, mas não especificaram qual residência oficial foi utilizada.
Jogo de Empurra e Sigilo
Os pedidos de informação já passaram pela Casa Civil, Controladoria-Geral da União (CGU), Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e Ministério das Mulheres, mas os órgãos têm adotado uma postura de empurrar a responsabilidade uns aos outros. Em um dos recursos negados, a justificativa foi baseada na segurança da primeira-dama, argumentando que a divulgação de detalhes poderia colocá-la em risco.
Adicionalmente, há uma inconsistência relacionada às diárias dos assessores que acompanharam Janja na viagem. Mesmo que o governo tenha afirmado que todos ficaram na residência oficial, os assessores receberam o valor integral das diárias, o que deveria ter sido pago pela metade em caso de uso de imóvel da União.
Análise da Controladoria-Geral da União
Atualmente, o último recurso está em análise pela CGU, que adiou sua decisão para outubro, alegando a complexidade do tema. O processo continua a gerar dúvidas e críticas, principalmente porque informações sobre viagens semelhantes do presidente Lula são tradicionalmente tornadas públicas.
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